Educação Não Formal

Áreas de Intervenção

Serviços

O trabalho que desenvolvemos com os nossos parceiros e clientes assume formas muito diversas, organizando-se em quatro principais eixos: aprendizagem, formação e capacitação, intervenção comunitária, produção de conhecimento, e avaliação e consultoria. Do ponto de vista metodológico, desenvolvemos a nossa atividade com base nos princípios da Educação Não Formal.

Áreas de Intervenção​

A Educação para os Direitos Humanos promove processos participativos com o objetivo de mobilizar pessoas e comunidades, no sentido de contribuir para o seu empoderamento com oportunidades para o desenvolvimento de conhecimentos, atitudes, valores e capacidades que são necessárias para usufruir e pôr em prática os Direitos Humanos, defendendo-os e respeitando-os. A EDH pretende trabalhar para a construção de um mundo onde todas as pessoas conhecem os seus direitos e sabem como lutar por eles. 

A EDH atua em diferentes esferas tanto do indivíduo quanto das comunidades, facilitando processos de aprendizagem permeados pela constante reflexão dos Direitos Humanos desde uma perspetiva coerente entre a sua representação enquanto conceito e a sua prática quotidiana.   

Partindo da ideia de que a cidadania não se ensina, mas aprende-se, no seguimento de toda a atuação da Rede Inducar nos seus diferentes domínios, propõe-se trabalhar a Cidadania e a Participação como uma oportunidade de reflexão sobre os pressupostos (valores, competências) para o exercício de uma cidadania ativa, bem como sobre os direitos e as responsabilidades de cada um/a no sentido da sua promoção, nas diversas esferas das relações humanas: dos contextos formais/institucionais aos não-formais e informais, do domínio público ao privado (cidadania íntima), do local ao global (cidadania global).

O campo essencialmente relacional e naturalmente complexo e ambíguo da diversidade cultural exige-nos soluções cada vez mais criativas e inovadoras de relacionamento entre culturas – de interculturalidade. Aqui, a estratégia fundamental passa necessariamente pelo autoquestionamento e pela capacidade de aprendermos sobre nós próprios tomando o outro e a diferença como pontos de partida.

A aprendizagem intercultural – aprender a (re)conhecer criticamente as diferenças culturais e a relacionar-se com elas de forma positiva e construtiva – assenta-se, portanto, na procura de mecanismos de desenvolvimento das sociedades mais justos, mais integrativos e mais solidários.

O que significa hoje em dia ser homem, mulher ou ter uma identidade de género não-binária? E como teria sido há meio século atrás? Como será no futuro?  

Como é que o género se cruza com outros aspetos identitários, sociais, políticos, económicos e culturais, no acesso a oportunidades?
Poderemos ser diferentes sem sermos desiguais? Poderá a diversidade coexistir com a igualdade? O que é uma igualdade plena?

Refletir, discutir e agir sobre as questões da Equidade de Género não é distinto da preocupação, enquanto cidadãs e cidadãos, pela democracia, pelo exercício dos direitos humanos, enfim, por uma cidadania plena. A diversidade em função do género está presente de forma transversal no nosso quotidiano: da vida familiar à atividade profissional, passando pela participação cidadã. É por isso premente desenvolver competências e criar condições para que, de acordo com as especificidades de cada grupo/indivíduo, seja reconhecida e protegida a diversidade e aí sim se alcance a plena igualdade, ou seja, a equidade.

A cooperação para o desenvolvimento remete-nos desde logo para aquilo que entendemos como desenvolvimento e, no nosso caso concreto, parte do respeito pelos direitos humanos, da liberdade de cada pessoa poder aprender e escolher aquilo que quer ser e isso num contexto de sociedades e comunidades onde os espaços de participação são-no de facto.

Assim, a cooperação para o desenvolvimento de um outro país passa por um processo assente em lógicas de parceria, de participação e de empowerment com vista à autonomização de pessoas, organizações e comunidades locais.

A Educação para a Cidadania Global (ECG) é um processo de empoderamento de cada pessoa para que seja um/a cidadão/a global responsável e que, consciente dos seus direitos e deveres, procure promover um mundo e um futuro melhor para todas as pessoas. A partir de uma tomada de consciência assente numa interpretação crítica da realidade, dos problemas, dos desafios e das desigualdades globais a ECG pretende ser um processo de aprendizagem e transformação através da ação individual e coletiva.

A ECG, muitas das vezes associada à Educação para o Desenvolvimento ou à Educação Global, recorre tematicamente às outras “educações para…” temáticas como a educação para os direitos humanos, a educação para a paz, a educação para a cidadania, a educação intercultural e a educação para o desenvolvimento sustentável e ambiental.

“Aprender pode significar – ou deveria significar – um novo olhar sobre a realidade.” 

A aprendizagem pode, assim, ser um ato produtivo, que gera novas formas de compreender, de fazer, de ser….

Conhecemos – e conhecemo-nos – melhor à medida que aprendemos mais. Mas para reforçar essa dinâmica criadora é necessário aferir, sistematizar, partilhar e discutir com outros aquilo que conhecemos. 

Consequentemente procuramos investir, em cada projeto, na produção colaborativa e na disseminação aberta dos conhecimentos dele resultantes, podendo estes assumir diversos formatos: 

EstudosPublicações (cadernos, manuais, referenciais)Eventos e tertúlias
Avaliação de projetos e programasSistematização de experiênciasProjetos de investigação-ação participativa

Com a premência dos impactos das alterações climáticas em vários campos – ecológico, social e económico – urge encontrar respostas coletivas.

Os desafios apresentados não se cingem somente a soluções tecnológicas e científicas, mas sobretudo a soluções sociais e políticas. Deste modo são essenciais processos de consciencialização e de promoção da participação e de modelos de governança mais horizontais, transparentes e de co-responsabilização.

É através da facilitação destes processos, focados no envolvimento das várias partes interessadas que se pretende alcançar uma efetiva justiça climática e construir modelos sociais e económicos que tenham no seu cerne a proteção de forma holística e integrada da natureza, dos recursos, das pessoas e da economia.

A mobilidade internacional para efeitos de aprendizagem, seja de estudantes, voluntários, estagiários ou profissionais, é cada vez mais uma realidade presente nos contextos organizacionais atuais, tornando-se, em muitos casos, uma verdadeira necessidade para o contínuo desenvolvimento pessoal e profissional num quadro de cidadania global. Contudo, no cerne destes percursos de mobilidade encontra-se o seu maior desafio: a compreensão e a relação com a diferença, seja ela cultural, social, organizacional ou pessoal – a comunicação intercultural. Só quando este desafio se torna uma oportunidade de mudança e de crescimento é que podemos falar verdadeiramente em mobilidade de aprendizagem.

Serviços

Dentro das áreas de intervenção da Inducar, desenvolvemos o nosso trabalho em 4 eixos principais:

•  Aprendizagem, Formação e Capacitação
A Inducar concetualiza e implementa processos de aprendizagem, formação e capacitação junto de diversos públicos, desenhando à medida das necessidades e especificidades das organizações e dos públicos-alvo.

• Intervenção Comunitária
A Inducar desenvolve projetos de intervenção comunitária trazendo sempre uma forma de estar e trabalhar colaborativa e participativa, promovendo a criação de relações através da criação de espaços de partilha e conhecimento mútuo entre os diversos atores envolvidos.

• Produção de Conhecimento
Parte integral dos processos de aprendizagem é a produção de conhecimento, numa lógica de replicabilidade e disseminação, seja através da criação de manuais, artigos, e outros produtos intelectuais.

• Avaliação e Consultoria
A Inducar entende a avaliação e consultoria como oportunidades de aprendizagem, criando processos contínuos de tomada de consciência e reflexão, orientando ações futuras. Os processos de avaliação querem-se holísticos, participativos e operatórios.

Sara
Andrade

Estudou Relações Internacionais na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra.

 

O seu percurso profissional tem sido pautado por uma forte vertente multidisciplinar, tendo tido a oportunidade de desenvolver vários projetos em áreas como a educação, voluntariado, formação e intervenção sócio-cultural. Tem colaborado com várias organizações no âmbito da participação juvenil, cidadania democrática, sensibilização e educação para os Direitos Humanos, educação intercultural, empregabilidade, voluntariado e desenvolvimento pessoal. Atualmente é trabalhadora freelancer na área da juventude, dando formação e coordenando projetos sobretudo com jovens, educadores e youth workers.

 

Integra a Rede Inducar desde 2015 e tornou-se sócia no final de 2016. Atualmente desempenha o cargo de Vice-Presidente do Conselho de Administração.

 

Faz também parte da Bolsa de Formadores/as do Conselho Nacional de Juventude (desde 2013) onde facilita processos de auscultação a jovens e organizações de juventude, do programa Erasmus+ Juventude em Ação (desde 2013) onde desenvolve formações sobre voluntariado e aprendizagem intercultural, do Programa Somos onde promove ações de Educação para os Direitos Humanos(desde 2016) e da Plataforma das ONGD’s (desde 2016).

 

sara.andrade@inducar.pt 


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